sexta-feira, 16 de julho de 2010

Na Veia

Meu íntimo desejo incandescente de ti
Vem atropelando sôfrego na minha veia
Avalanche estrondosa de fogo e cobiça de teu ser
A outrora insana vontade de ter
Tornou-se a dor pungente da tua falta
Agora só há sentido verdadeiro em teus lábios
Destino a seguir no vento de teus cabelos
Crença nos contornos de teu corpo perfumado
Teu pulsar corre abrasador na minha veia
Mesclado em meus fluidos tépidos
Minha carne te deseja, minha pele te anseia
O ar cáustico que sobra opresso em meu peito
Está impregnado de teu ser cálido
Que se alastra célere entre músculos, fibras e veias
Minha boca se afoga cobiçosa em pensamento
Na minha saliva que é a mesma do teu beijo
Meus sentimentos cruzam artérias e capilares
Arrastando violentos prazeres lancinantes
No sangue intenso e vermelho de gosto agressivo
Leio tua suave voz em meus ouvidos
Vejo as palavras espelhadas em teu rosto
Correndo fulgente em meu ser que sinto teu amor
Corpo flamejante nas entranhas do meu corpo pleno
Amo-te na veia, sempre

Paulo Renault